Bullying: todos precisam de ajuda

Eu gostaria de trazer aqui só boas notícias, temas leves… Mas, pra que a vida tenha um pouco mais de leveza realmente, a gente precisa enfrentar os problemas, nos esforçar para resolvê-los e não varrê-los pra debaixo do tapete. Pois bem, hoje eu gostaria de conversar sobre o bullying.

Já ouvi muita gente dizendo que antigamente era xingado na escola, ganhava apelidos dos quais não gostava e que atravessou isso sem grandes problemas. Será que essa experiência não afetou sua infância, adolescência ou até mesmo a vida adulta? Será que o tipo de xingamento que era feito tem a mesma intensidade, o mesmo poder destrutivo do que é feito hoje em dia?

Primeiro, esse termo bullying nem existia. É uma palavra de origem inglesa. Em países como Reino Unido e Estados Unidos, alunos que intimidam colegas de forma verbal e física são chamados de bullies (valentões), daí surgiu o temo bullying, que foi popularizado pelo professor de psicologia Dan Olweus, justamente porque são gestos que intimidam e agridem pessoas tanto verbal quanto fisicamente. Uma prática em que o agressor tem prazer em humilhar a vítima e age inúmeras vezes. Os ataques ocorrem sem motivo aparente, existindo também meios mais sutis, como isolar a vítima socialmente ou espalhar boatos sobre ela.

A vítima geralmente tem alguma característica que a diferenciam da maioria e a torna mais vulnerável a ataques. Com dificuldades de se impor, muitas vezes sofre em silêncio. Tudo acontece por conta de uma relação desigual de poder com o agressor e vítima. Precisa de ajuda urgente.

Já o agressor geralmente tem problemas de empatia, questões familiares e necessidade de se sentir mais poderoso. Também precisa de ajuda.

Quem assiste tem reações diferentes: pode rir, defender a vítima ou não confrontar o agressor com medo de ser a próxima vítima. Também precisa de ajuda.

O fato é que, felizmente, o bullying tem mobilizado autoridades de vários países, como o Brasil. Em 2018, foi aprovado um projeto de lei que atribui às escolas a responsabilidade de prevenir e combater diversas formas de violência incluindo o bullying, uma medida que complementa a Lei de Combate ao Bullying, de 2015.

Bullying não é brincadeira e pode trazer problemas graves à saúde mental como depressão, autoestima baixa e sentimentos negativos e até mesmo suicídio. Mais que punir, precisamos responsabilizar agressores gerando a reflexão e a mudança do comportamento de todos nós quando o assunto é o respeito à vida e à individualidade.

Um abraço,

Andréa Leal

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Eu sou Andréa Leal, e sempre achei importante que a minha fotografia falasse por mim.

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