Doação de sangue: a gratidão de salvar vidas

Estamos no Junho Vermelho, um mês dedicado à doação de sangue, já que hoje, dia 14 comemora-se o Dia Mundial do Doador de Sangue, uma data criada para agradecer aos doadores e incentivar mais pessoas a se tornarem doadoras de sangue. Mas como fazer isso na prática e em um momento tão crítico e com baixos estoques por conta da pandemia? Foi aí que pensei que esse nosso espaço de conversa aqui no blog poderia cumprir esse papel, contando uma experiência vivida e compartilhada por uma grande amiga, Fabi Tavares.

Tem uma frase de autoria desconhecida que diz: “A palavra convence, mas o exemplo arrasta”. Pois bem, ano passado, um pouco antes da pandemia, eu e Fabi participamos do evento Talk Show. Em um trecho da programação, pessoas que estavam na plateia que eram doadoras de sangue se levantaram e outras pessoas, que haviam recebido sangue, tiveram a oportunidade de agradecê-las. Um momento único, impactante para todos.

Impossível saber quantas pessoas, a partir daquela experiência, chegaram a cogitar tornarem-se doadoras também. Mas pelo menos uma pessoa eu sei que se transformou: minha amiga Fabi. E isso já valeu muito. Dá pra imaginar quantas vidas desde então ela já conseguiu salvar? Quem sabe você, que está lendo isso agora, não será o próximo a se tornar dador? Por isso pedi licença pra que ela nos contasse um pouco mais sobre essa história:

“Quando você conhece uma pessoa que está viva por causa de uma doação de sangue, essa ficha cai. Você entende que esse gesto pode salvar uma vida, que alguém está vivo hoje porque você doou seu sangue. Nesse dia, confessei que sempre tive vontade, mas que tinha muito medo de doar. A partir daí, um amigo e uma amiga continuaram me incentivando, ajudando a desmistificar a doação de sangue. Eu tinha medo de sentir dor, de desmaiar… Descobri que além de indolor é muito gratificante a certeza de que você ajudou a salvar alguém. No começo, eu doava e não postava nas redes sociais porque sempre que faço um bem pra alguém não gosto de mostrar. Mas esse ano, quando fui doar para uma pessoa conhecida, resolvi postar por achar que poderia estar influenciando alguém do meu círculo de amizades a fazer o mesmo, como aconteceu comigo. Fiquei emocionada com tantos feedbacks positivos e com uma amiga em especial, que a partir daí também se encorajou a doar”, escreveu Fabi. 

Não é lindo, gente? Pois é: o sangue é essencial para tratamentos e intervenções urgentes e pode ajudar pacientes que sofrem de condições com risco de vida, além de apoiar procedimentos médicos e cirúrgicos complexos. O sangue também é vital para o tratamento de feridos durante emergências de todos os tipos (desastres naturais, acidentes, conflitos armados etc.) e tem um papel essencial nos cuidados maternos e neonatais. Em alguns casos mais graves da Covid-19, também estão sendo feitas transfusões de sangue para recuperar os pacientes. Então, vamos doar e incentivar a doação com mais informação:

Pré-requisitos para ser doador de sangue:

– levar documento de identidade com foto e órgão expedidor;

– estar em boas condições de saúde;

– ter entre 16 a 69 anos de idade (de 16 a 17 anos com autorização do responsável legal);

– idade até 60 anos, se for a primeira doação;

– intervalo entre doações de sangue de 90 dias para mulheres e 60 dias para homens;

– pesar mais do que 50 kg;

– não estar em jejum;

– após o almoço ou jantar, aguardar pelo menos 3 horas;

– não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;

– não ter tido parto ou aborto há menos de 3 meses;

– não estar grávida ou amamentando;

– não ter feito tatuagem ou maquiagem definitiva há menos de 12 meses;

– não ter piercing em cavidade oral ou região genital;

– não ter feito endoscopia ou colonoscopia há menos de 6 meses;

– não ter tido febre, infecção bacteriana ou gripe há menos de 15 dias;

– não ter fator de risco ou histórico de doenças infecciosas, transmissíveis por transfusão (hepatite após 11 anos, hepatite b ou c, doença de chagas, sífilis, aids, hiv, htlv i/ii);

– não ter visitado área endêmica de malária há menos de 1 ano;

– não ter tido malária;

– não ter diabetes em uso de insulina ou epilepsia em tratamento;

– não ter feito uso de medicamentos anti-inflamatórios há menos de 3 dias (se a doação for de plaquetas).

Locais onde doar no Recife:

Hemope – Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco

  1. Joaquim Nabuco, 171 · (81) 3182-4600

IHENE-Instituto de Hematologia do Nordeste

  1. Tabira, 54 · (81) 2138-3500

Banco de Sangue Hemato

  1. Dom Bôsco, 723 · (81) 3972-4050

Um abraço,

Andréa Leal

andrealealfotografia

Eu sou Andréa Leal, e sempre achei importante que a minha fotografia falasse por mim.

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