Sempre juntos, Magrão e Marylu atravessaram os altos e baixos tão comuns na trajetória de um jogador de futebol. Ainda mais unidos, enfrentaram o câncer de mama diagnosticado em Marylu no final de fevereiro de 2014. A doença já havia atingido a mãe e a irmã dela. Um fantasma que foi enfrentado com muita fé, muita força, muita dedicação, muito amor.
O tratamento foi longo: de abril a 15 de dezembro de 2014 foram 16 sessões de quimioterapia e 28 de radioterapia, além da mastectomia. No dia da cirurgia, 2 de abril de 2014, Magrão não pôde estar presente: no mesmo horário era a final da Copa do Nordeste. Marylu, pela primeira vez, não pôde assistir à partida. O título conquistado foi dedicado à esposa, que fez questão de não alterar a rotina da família durante todo o processo. Em entrevista dada em 2015 à querida jornalista Sílvia Bessa, Marylu disse não ter dúvidas que 50% da cura foi graças ao marido. “Foi difícil, mas estávamos juntos”, disse ela. E isso fez total diferença. Após a cura, a parceria dos dois só cresceu. O casal se tornou ativista em campanhas de combate ao câncer de mama e desenvolve trabalhos voluntários no Hospital de Câncer de Pernambuco. Uma das ações é de resgate da autoestima das pacientes. A peruca usada por Marylu durante o tratamento foi doada a uma delas.
E toda essa cumplicidade transborda. Dá pra ver na maneira em que eles se olham, se tocam não só na hora das fotos, mas o tempo todo. Que presente eu recebi! Magrão e Marylu são a prova viva de que é possível se apaixonar todos os dias pela mesma pessoa, em todas as diferentes fases em que ela estiver, hora dando e hora recebendo forças, num sentimento que cresce, se fortalece e se torna cada vez mais verdadeiro, há 25 anos e por muitos mais.Que todo mundo tenha a graça de viver um amor assim.