O verdadeiro abraço

Em 2004, o australiano Juan Mann, que vivia em Londres, precisou voltar para Sydney, sua cidade natal. Ao chegar no aeroporto, ninguém estava lá para recebê-lo. Foi então que ele decidiu no dia 22 de maio, escrever as palavras “Abraços Grátis” em um papelão e foi até o ponto mais movimentado da cidade. Depois de um estranhamento inicial, pessoas começaram a aceitar a oferta. A ação chegou a ser banida pelas autoridades locais, até que o líder da banda Sick Puppies, o chamou para gravar um videoclipe que viralizou, tornando a iniciativa conhecida em todo o mundo.

É por isso que no próximo sábado, se comemora o Dia do Abraço. Uma história que só é possível ser contada porque aconteceu no início dos anos 2000. Atualmente, abraçar pessoas desconhecidas no meio da rua é algo inimaginável diante do risco de proliferação ainda maior da pandemia da COVID-19.

E assim vivemos há mais de um ano sem o calor dos abraços mais generalizados. Um gesto que ficou reduzido às pessoas mais íntimas, que moram na mesma casa… Algo antes praticamente impossível de acontecer principalmente ao povo brasileiro, tão caloroso nas demonstrações de carinho.

Mas há algo no abraço que merece e precisa ficar. E para isso não é preciso estar perto. O verdadeiro abraço é um encontro de almas, não de corpos. A gente se sente abraçado com aquele telefonema pra perguntar como estamos, aquela mensagem no grupo da família, quando o outro entende nosso cansaço e divide tarefas, quando somos ouvidos de verdade, quando a gente sabe com quem pode contar.

Então, não vamos adiar nem evitar esse abraço virtual que tanto faz bem às nossas almas.

Um abraço,

Andréa Leal

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Eu sou Andréa Leal, e sempre achei importante que a minha fotografia falasse por mim.

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