Setembro chega com a promessa de primavera. As árvores se enchem de cores, a luz do sol fica mais delicada e a vida parece ganhar um novo fôlego. Mas e dentro de nós? Será que também permitimos que a nossa primavera aconteça?
A rotina, especialmente para as mães e mulheres que conciliam tantas funções, tende a ser intensa e cheia de compromissos. Entre escola, trabalho, casa e tantas demandas, é fácil esquecer de si mesma. Mas setembro pode ser um lembrete suave: assim como a natureza, nós também temos o direito e a necessidade de florescer.
Florescer não significa fazer grandes mudanças de uma vez. Muitas vezes, é apenas permitir-se pequenos gestos que trazem vida nova. Pode ser a pausa para o café da manhã em silêncio, um banho demorado no fim do dia, retomar aquele livro que ficou esquecido na mesa de cabeceira ou até mesmo reservar alguns minutos para olhar o céu.
Assim como cada flor tem seu tempo de desabrochar, cada mulher também tem o seu. Não há certo ou errado. Há apenas o convite de respeitar o próprio ritmo e de criar espaço para aquilo que faz sentido.
Que setembro seja mais do que um mês no calendário. Que seja um ponto de partida. Um convite para olhar para dentro, reconhecer o que precisa ser renovado e, com delicadeza, dar espaço para que o novo floresça.
Porque, no fundo, a primavera não é apenas uma estação. É um estado de espírito.
Um abraço,
Andréa Leal.
