Janeiro é aquele mês de férias, um mês pra relaxar, mas também de se preparar para voltar as aulas. Um novo ano escolar que se inicia e ficamos naquela ginástica financeira para dar conta de comprar todo o material necessário, até porque é em janeiro também que temos muitos impostos para pagar.
Lembro que minha mãe usava a técnica de não me levar pra comprar o material porque assim ela poderia escolhê-los e suas escolhas eram as mais acessíveis e práticas… e eu ficava feliz com qualquer coisa que ela me trouxesse, afinal a gente não deseja aquilo que a gente não viu. Só que hoje essa técnica fica bem difícil de pôr em prática por quê com a internet, com as redes sociais onde outras crianças fazem até vídeos mostrando o material que elas compraram, com coisas lindas, itens em alta, todas as cores do mundo… os nossos filhos sabem muito bem o que querem.
É, fácil não está né? Mas a gente vai, driblando todas essas dificuldades e com muita conversa vamos tentando se ajustar.
Outra questão bem delicada é a ansiedade, esse retorno às aulas mexe muito com os nossos filhos. Por aqui são dois adolescentes e noto que é um misto de estar super feliz em iniciar uma nova fase, conhecer gente nova, rever velhos amigos e ao mesmo tempo não tão feliz em saber que tem a parte que já não é tão novidade, que não é tão legal né.
A gente sabe que a escola além de boas relações também tem as não tão boas assim, aí dá um apertinho no coração, uma vontade de proteger, de guardar nossos filhos num lugar onde eles não precisem sofrer, daí a gente percebe que está sendo super protetora, lembramos que nós os preparamos também para lidar com essas situações e confiamos no bom trabalho que fizemos e entendemos que isso faz parte do crescimento deles.
Só precisamos estar pertinho e atentos, pois infelizmente ainda estamos num período pós pandemia onde muitas questões delicadas no âmbito psicológico e emocional ainda estão se ajustando só que isso é assunto pra outra conversa… só espero que passemos por mais fase do jogo com tranquilidade e que consigamos encontrar o equilíbrio necessário em todas as esferas do maternar.
Um abraço,
Andréa Leal.
