Um dia um anjo veio à terra e soprou ao ouvido de uma mulher. E o que ele disse foi tão importante, tão sublime , que mudou completamente a vida daquela mulher e de toda a humanidade. Porém, mais sublime e importante foi o que aquela mulher respondeu ao ouvido do anjo: um sim que mudou sua história e a do resto do mundo. E o filho escolhido de Deus nasceria após o sim desta mulher. Neste momento, até o criador se curvou à vontade daquela mulher, que esqueceu de si para amar ao outro, que naquela hora sequer existia.
Hoje, dia 25 de dezembro, lembramos que há 2017 anos atrás acontecia o nascimento desta criança que tinha como maior dos propósitos ensinar a todos nós, homens e mulheres, jovens e idosos, sobre o amor. Sobre amar aos outros como a nós mesmos. Um amor que envolve o perdão, a caridade, a solidariedade.
Assim eu contaria a história do nascimento de Jesus. Uma história que lembro e que se confunde a cada nascimento, a cada nova vida que eu retrato. Uma mulher dá o sim a uma nova vida e doa-se a ela por inteiro. Talvez seja por isso que a Natividade seja um tema recorrente na arte ocidental desde o século IV. Artistas das mais diversas épocas e escolas inspiraram-se nesta cena marcante para desenvolver mosaicos, telas, esculturas que se tornaram famosas e imortalizadas.
Talvez porque a magia do nascimento de Cristo, como a do nascimento de uma criança, nos aproxima de Deus, da Criação, nos faz ver de perto o milagre da vida, valorizar o amor puro, capaz de mudar destinos, perdoar, cuidar dos outros como de nós mesmos.