Adotar é gestar com o coração

“Adoção é quando a criança cresce, não na barriga, mas no coração”. A frase anônima tem um sentido muito especial. O filho adotado começa a ser amado e desejado antes mesmo de se saber da sua existência. Um amor inexplicável que preenche os corações da criança e do adulto de forma avassaladora.

Na minha jornada de fotógrafa de família, tenho registrado muitas gestações e partos e também tenho acompanhado histórias de vida de mães e pais que, por questões biológicas ou por opção, formam famílias lindas oferecendo um lar amoroso para crianças que não tiveram essa oportunidade ao nascer.

E posso atestar o tamanho da emoção, do crescimento pessoal, da realização dessas mamães e papais que se sentem preenchidos ao realizar o desejo da paternidade ou maternidade. O afeto é de uma troca imensa. Força poderosa capaz de quebrar tantos preconceitos.  

Estamos na Semana Estadual da Adoção, que segue até 25 de maio, Dia Internacional da Adoção. Um período para propor a reflexão, a agilização, a comemoração e a realização de campanhas de conscientização, sensibilização e publicização desse tema, tão importante na nossa sociedade.

Para inúmeras crianças e adolescentes, a adoção representa uma nova chance de ser feliz, de ser amado. Impedidos, por diversos motivos, de conviver com a família biológica, eles encontram, na nova família, o carinho e atenção que precisam para crescer e se desenvolver de forma saudável. É na convivência familiar que o indivíduo desenvolve os relacionamentos afetivos. Através da adoção, a criança tem a oportunidade de começar uma vida nova no novo lar.

Mas você sabia que no Brasil, o número de pessoas na fila para adoção é sempre muito maior que o número de crianças e jovens aguardando um lar? Incrível, não é? Essa diferença absurda acontece porque a grande maioria das pessoas dispostas a adotar tem uma série de exigências que torna o processo de adoção demorado. As exigências mais comuns são: preferência por crianças menores de três anos, sem irmãos e sem problemas de saúde. As crianças nesse perfil, principalmente as menores de três anos e sem irmãos, são a minoria absoluta. Grande parte das crianças disponíveis para adoção tem mais de cinco anos, e a maioria delas tem irmãos e por isso não se “encaixam” no padrão imposto pelas famílias. O número de pais que adotam ou pretendem adotar crianças com mais de cinco anos tem aumentado nos últimos anos, mas ainda é considerado insuficiente.

Essa situação tem feito com que, com o passar do tempo, o número de crianças maiores de cinco anos na fila da adoção tenha aumentado, e, por isso, diversas campanhas de conscientização têm sido realizadas para incentivar essa mudança.

Se você conhece alguma família que está passando por esse processo ajude, converse, oriente, escute. Viver em família é um presente não só para as crianças, mas também para os pais, tios, avós, para a comunidade…

Um abraço,

Andréa Leal

andrealealfotografia

Eu sou Andréa Leal, e sempre achei importante que a minha fotografia falasse por mim.

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