Acorda que hoje é segunda-feira! Hora pra despertar, pra tomar café, ir ao trabalho, levar as crianças pra escola. Mas, espera, hoje é segunda-feira, mas é segunda de Carnaval! Ah… Então vamos dormir mais, tomar um café da manhã tranquilo e reforçado para aguentar a folia, tirar a fantasia da gaveta, fazer mela-mela, depois tomar banho de mangueira com os meninos, encontrar os amigos, rir, dançar, se divertir, festejar.
Ah! Se esse estado de felicidade fosse pra sempre… Mas, quem disse que não pode ser? Por mais que o calendário marque quatro dias de folia que terminam quando chega a quarta-feira ingrata, a gente pode e deve agendar pelo menos, um Carnaval por mês. Porque Carnaval, de verdade, é um estado de espírito, um tempo dedicado à alegria, à fantasia, à criatividade, à leveza. E como a gente precisa disso tudo a vida inteira!
Não precisa dançar frevo em junho ou maracatu em novembro, mas precisa sim, de vez em quando, abrir alas para deixar a vida passar num outro ritmo, com mais movimento, gingado, malemolência, sem a sisudez do cotidiano que não nos deixa ver o colorido que existe por baixo do terninho cinza que vestimos pra participar daquela reunião, da purpurina que se esconde nos caminhos que escolhemos, mesmo que estejam congestionados.
Andréa Leal