A gente cresce ouvindo que o tempo voa, mas só entende isso quando ele já passou.
Um dia, seu filho cabe no colo. No outro, você está ensinando como segurar um lápis. Pisca e ele já sabe escrever o próprio nome. No próximo segundo, você está comprando a roupa da festa de formatura.
A vida da gente acontece assim, sem aviso. Planejamos, fazemos listas, colocamos lembretes no celular, mas o tempo não espera. E entre um compromisso e outro, entre as correrias e a rotina que engole tudo, os dias vão se empilhando em anos.
E o que fica?
Se você fechar os olhos agora, consegue lembrar o rosto exato de quem você ama, do jeito que eles são hoje? O jeito que sua filha ri quando está com vergonha? A forma como seu filho segura sua mão sem perceber? O olhar dos seus pais quando veem a família reunida?
A gente jura que vai lembrar. Mas um dia percebe que não lembra mais.
E aí, as fotos viram a única forma de voltar no tempo.
Os registros que fazemos hoje são os documentos do que fomos, as provas concretas de que estivemos aqui, de que vivemos juntos, de que a infância dos nossos filhos não foi um borrão.
Mas sabe o que acontece? A gente acha que pode deixar para depois.
Depois do feriado. Depois que perder uns quilos. Depois que as coisas acalmarem. Depois, depois, depois… até que não dá mais tempo.
E tudo o que sobra são as fotos que a gente esqueceu de tirar.
Por isso, escolher registrar a própria história não é um luxo. É um compromisso com o futuro. É garantir que, quando o tempo passar — porque ele sempre passa —, você tenha onde voltar.
E quando esse dia chegar, as fotos estarão lá.
Sempre!
“A fotografia é o que nos permite revisitar o tempo, mesmo quando ele já se foi.”
Andréa Leal