Dia de Combate ao Preconceito contra o Nanismo

Hoje, 25 de outubro, é o Dia Nacional de Combate ao Preconceito contra as Pessoas com Nanismo. A data é comemorada em diversos países e homenageia o ator e ativista norte-americano Billy Barty, que possuía a deficiência e criou, na década de 50, uma associação que lutava pelos direitos das pessoas com nanismo.

A data é importante para conscientizar a sociedade que as pessoas com nanismo são capazes de estudar, trabalhar, se relacionar, ter filhos, ser feliz como todas as outras. A diferença é que elas precisam superar os obstáculos do preconceito e da falta de acessibilidade. Ou seja, a deficiência é da sociedade, que não está preparado para as pessoas com menor estatura. Durante muito tempo, pessoas com nanismo foram associadas a figuras cômicas, o que torna a discriminação e o desrespeito no mercado de trabalho ainda mais grave e triste.

Em 2017, com o projeto “Meu Pai meu Herói”, tive a honra de conhecer Roberto de Santana, um homem de 1,35 metro de altura que é um gigante em superar suas limitações no esporte, na vida, na criação dos filhos.  Considerado “o melhor surfista anão do mundo” e o único surfista anão do Nordeste, ele recebeu o apelido de Pino Detonador pela habilidade com que domina as ondas em Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho, litoral sul de Pernambuco.

Nas ondas, disputa de igual para igual com a elite do surfe pernambucano e, para isso, faz esforço dobrado. Como pai, também atua acima da média em presença e exemplo. Os filhos Lara e Otávio, herdaram o nanismo e a paixão pelo surfe. Pino orgulha-se em passar ao casal a lição de superação através do surfe.

Do ensaio, que fizemos na praia, uma foto foi a escolhida para compor a exposição realizada no Shopping Plaza, em Casa Forte que trouxe ao todo 11 pais especiais. E uma frase de Beto me marcou muito. Para ele, “Ser pai é uma honra. É água, ar, sol, chuva, natureza. É tudo!”. E, sabemos, que muitos homens de mais de 1m80 não são capazes de sentir ou dizer isso.

Que a gente consiga enxergar e valorizar sempre a estatura moral das pessoas. Essa, sim, importa muito.

Um abraço,

Andréa Leal

andrealealfotografia

Eu sou Andréa Leal, e sempre achei importante que a minha fotografia falasse por mim.

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