Minha avó é uma peça e merece ser eterna

Hoje é 26 de julho de 2021, Dia dos Avós. Antigamente, quando se retrata a imagem de uma avó vinha sempre a figura estilo Dona Benta, personagem do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Toda criança queria ser neta dela e passar as férias na casa de campo onde aconteciam tantas aventuras, não é mesmo? O tempo passou e as vovós de hoje em dia são bem diferentes. Só não muda uma coisa: a vontade de tê-las sempre com a gente.

Sempre gosto de lembrar essa data, mas este ano o 26 de julho tem um sentido especial… Hoje me vêm à cabeça duas avós incríveis que gostaria de homenagear. Duas vovós poderosas, irreverentes, com histórias marcadas por sofrimento e superação e que foram imortalizadas graças a suas personalidades fortes e à arte.

Uma delas é D. Maria José Melo da Silva, uma figura que tive a honra de conhecer em 2019 quando, aos 91 anos de idade, entrou no meu estúdio para realizar um desejo: posar para um ensaio sensual. Um momento único eternizado pelas lentes do amigo Jaiel Prado, um especialista no assunto. D. Zeza, como era carinhosamente chamada, posou ao lado da neta Renata Melo que este ano se despediu da avó que definia como um grande exemplo de mulher.

“Minha avó cumpriu lindamente seu ciclo aqui na terra. Foram 92 anos de amor, dedicação, força e resiliência. Escolhi fazer minha homenagem fazendo uma compilação de momentos incríveis e inesquecíveis (…) Aproveito pra agradecer a @andrealealfotografia @eduardoleal.me @simonesilverio @jaielprado pro terem proporcionado a mim e a minha avó tamanha emoção nos registros de um projeto, que serão as MAIS LINDAS MEMÓRIAS da relação entre minha avó e eu!”, escreveu a jornalista e também fotógrafa em suas redes sociais, na legenda de um vídeo contendo imagens do ensaio e de entrevistas.

Emoção muito grande presenciar esses verdadeiros milagres que a fotografia proporciona: o poder de realizar sonhos, engrandecer a autoestima, unir gerações, eternizar momentos e a imagem de pessoas amadas.

A outra avó que gostaria de homenagear hoje eu não conheço pessoalmente, mas todo o Brasil a considera quase um membro da família, aprendeu a amá-la e recentemente quis muito lhe dar um longo abraço. Estou falando de Déa Lúcia Vieira Amaral, mãe do ator Paulo Gustavo. Seu jeito único foi utilizado pelo filho para criar a personagem D. Hermínia, que se tornou um símbolo das mães brasileiras com sua maneira intensa e autêntica de amar e cuidar.

Depois de perder o filho para a COVID-19, D. Déa Lúcia o homenageou em suas redes sociais com uma foto de seus dois netos escrevendo: “Meu filho amado, você está aqui ao meu lado em cada sorriso e abraço de Romeu e Gael. Te amo”.

Paulo Gustavo eternizou sua mãe e avó de seus filhos por meio de sua arte. E hoje, D Déa sente a presença do filho toda vez que olha para os netos. Que a arte, a fotografia e principalmente o amor eternizem as vovós e vovôs e o sentimento que nos unirá para sempre.

Um abraço,

Andréa Leal

andrealealfotografia

Eu sou Andréa Leal, e sempre achei importante que a minha fotografia falasse por mim.

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