Segunda-feira de feriadão e eu aqui vendo o dia amanhecer com um gostinho de saudade. Ontem foi o Dia do Irmão, sabiam? E comecei a refletir em tudo o que o irmão e a fotografia têm em comum. Não sei se todos sabem, mas tenho uma irmã. Fisicamente muito parecida comigo e também apaixonada pela fotografia. Toda vez que nossos olhares se cruzam enquanto falamos da nossa infância, é como se abrisse um álbum de fotografias na nossa mente.
É isso: um irmão é um álbum de fotografias eterno, com quem podemos folhear páginas importantes da nossa vida: as trelas, os segredos, as aventuras, os aprendizados. Quanta cumplicidade, quanta essência tem nessa relação.
É com o irmão que dividimos o amor de nossos pais, tios e avós, nossas memórias, nossas descobertas, nossos traumas de infância… O primeiro exemplo de amizade e de solidariedade que temos na vida. Com o irmão aprendemos a nos livrar do egoísmo, a entender que todos somos cheios de diferenças e semelhanças. Aprendemos sobre o estímulo da superação.
Não é à toa que o termo irmão é tão usado pelas religiões. No contexto religioso, o sentido da palavra “irmão” está ligada ao “próximo”. Portanto, esse dia serve para incentivar as pessoas a repensarem as atitudes perante os outros seres humanos, sendo mais humildes, companheiras e gentis. No Brasil, a data foi criada pela Igreja Católica em homenagem ao aniversário de morte da missionária Madre Teresa de Calcutá.
Na Índia, os hindus fazem um ritual de oferenda entre irmãos e irmãs de uma família, simbolizando a união e proteção entre eles. Então, se você não homenageou seu irmão ontem, ainda dá tempo de fazer. Uma mensagem, uma ligação, um abraço, um encontro e muitas páginas de um álbum de fotografias para rever.
Um abraço,
Andréa Leal
