“Dia da Mulher é todo dia”. “Lugar de mulher é onde ela quiser”. Me sinto feliz em perceber que, a cada ano, essas frases se tornam ainda mais reais e deixam de ser um desejo feminino para chegar à vontade e à ação de grande parte das pessoas: mulheres e homens também. Acho que por tudo isso, temos muito a comemorar, agora em março e em todos os dias. Mas também temos ainda muito a conquistar.
Uma necessidade que deve ser pensada desde cedo, na infância. Nós que hoje educamos nossas crianças, temos nas mãos a tarefa de colocar nessas cabecinhas, tão abertas ao novo, os princípios de igualdade entre os sexos, de liberdade, de respeito às diferenças. E precisamos ensinar essa lição não com discursos, mas com nossas atitudes diárias, dentro e fora de casa, tratando nossos meninos e meninas de maneira igual, sem discriminação, encorajando-os a, se desejarem, trilhar caminhos ainda não muito usuais, como uma garota fazer futsal ou um garoto brincar de cozinhar. Por que não?
Para meninos e meninas, é importante que seja mostrada a força da mulher em poder desempenhar qualquer função que deseje e a importância de valorizarmos e apoiarmos sua evolução e liberdade de escolha. Pra falar sobre o assunto para as crianças, uma dica legal é o livro “Histórias de Ninar Para Garotas Rebeldes”, de Elena Favilli e Francesca Cavallo, que conta história de cem mulheres importantes para a humanidade.
Ilustrado também só por mulheres, o livro usa a fábula para falar de personagens reais, como a pintora Frida Kahlo, as rainhas Cleópatra e Elizabeth I, a escritora J. K. Rowling, a ativista Malala Yousafzai, a cantora e compositora Nina Simone, a tenista Serena Williams e as brasileiras Maya Gabeira, surfista, e Cora Coralina, poetisa e confeiteira. Uma publicação que vem sendo comprada como o primeiro livro de cabeceira de muitas meninas que, com certeza, vão fazer muito pela humanidade, transformando o modo de pensar, ser e agir de tos nós.
Viva nossas meninas! Viva as mulheres! Um viva a todas nós!
Um abraço,
Andréa Leal.
