Mulheres heroísmo e na pandemia

Hoje nossa conversa acontece no primeiro dia do mês dedicado às mulheres. Neste 1º de março parei para refletir sobre como nós, mulheres, estamos nos sentindo desde o março passado, vivendo há um ano essa roda viva da pandemia. Penso que a COVID-19 tem atingido a todos nós, mas afeta as mulheres de maneira diferente, particular.

Para começo de conversa, 70% da mão de obra do setor social e de saúde (o mais afetado pela pandemia) é composta por mulheres. Ou seja, o sexo feminino é maioria na linha de frente. Não é à toa que vimos tantos casos de profissionais de saúde infectadas e que até perderam a vida no último ano. A todas, nossa imensa gratidão. Às famílias que perderam a força e a presença dessas mulheres, meus sinceros sentimentos.

Outra consequência que atinge fortemente o sexo feminino é a violência contra mulheres e meninas. De acordo com a ONU Mulheres, essa violação de direitos humanos afeta, em média, uma em cada três mulheres ao longo da vida e, embora esses números já sejam muito altos, estima-se que o isolamento social, a crise econômica e social tem aumentado os índices ainda mais, com crescimento do registro de feminicídios, estupros e agressões.

Menos grave, mas também símbolo da desigualdade que ainda existe na nossa sociedade, são o desemprego, a dupla jornada mais pesada por conta do home office, escola remota dos filhos, o peso da responsabilidade que muitas carregam sozinhas em cuidar da casa, da saúde da família, de pais idosos, dos doentes…

Por isso, este ano mais que nunca, quero lançar aqui não apenas a minha homenagem a essas heroínas do cotidiano, mas principalmente meu pedido a todos para lutar contra tantos problemas que afetam a vida das mulheres no mundo inteiro. Vamos apoiar, empregar, ouvir, denunciar, cobrar. Esse é o presente que todas as mulheres merecem hoje e sempre.

Um abraço,

Andréa Leal.

andrealealfotografia

Eu sou Andréa Leal, e sempre achei importante que a minha fotografia falasse por mim.

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